
Na conta do Instagram @mascarasparatodos.itajuba os interessados podem obter mais informações sobre como apoiar a campanha.

Uma das costureiras voluntárias que participam da campanha.

Pacotes de material cortado para a confecção das máscaras com mensagens de incentivo às costureiras.

Profissionais de saúde do Hospital de Clínicas de Itajubá receberam doações de máscaras.

Lotes de diversas máscaras coloridas já produzidas.

Com o apoio do grupo de escoteiros de Itajubá, as máscaras produzidas são entregues a diversas entidades de assistência social de Itajubá.
As atividades do projeto Máscaras para Todos Itajubá (MPTI) vêm sendo realizadas desde o início de abril deste ano com a união de várias pessoas dispostas a combaterem juntas e com determinação a propagação da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19). A professora Milady Renata Apolinário da Silva, do Instituto de Física e Química (IFQ) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), é uma das coordenadoras dessa iniciativa, juntamente com Gabriela Sposti e Vivian Alvarenga.
Com a demanda por mais equipamentos de proteção individual (EPIs), o Hospital de Clínicas de Itajubá (HCI) e a Santa Casa de Misericórdia entraram em contato com as responsáveis pelo projeto para que pudessem ajudar na confecção de máscaras para atender às suas necessidades.
Segundo a professora Milady, as máscaras são doadas para o maior número possível de pessoas. Atualmente, o principal foco da campanha é apoiar três pilares: o primeiro envolve hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Saúde da Família (USF), Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), motoboys, garis, cuidadores de idosos e clínicas de saúde, entre outros; o segundo contempla pessoas do grupo de risco e o terceiro pilar, a população em geral.
Quem quiser mais informações sobre a campanha deve entrar em contato pelo Instagram @mascarasparatodos.itajuba, pelos telefones (35) 9-9889-1938 e 9-9219-8404 (WhatsApp) ou ainda pelo e-mail milady@unifei.edu.br
Crescimento da campanha
Atualmente, o projeto conta mais de 80 costureiras e oito voluntários de corte, entre muitos outros interessados em ajudar. A Assessoria de Comunicação do grupo é realizada por Emanoel Ferreira, que centraliza todas as informações a serem divulgadas nas mídias. A conta @mascarasparatodos.itajuba, no Instagram, funciona como um ponto de arrecadação das doações e de prestação de contas a todos os apoiadores.
A campanha tem ainda a colaboração do Grupo Escoteiro do Ar Presidente Wenceslau Braz (GEARWB), de Itajubá, por meio de seu coordenador administrativo, Ricardo Bueno, nas entregas do material para as costureiras e no recolhimento das máscaras confeccionadas para os locais das doações. Esse trabalho conta com o apoio dos jovens do Clã Pioneiro do GEARWB e do Grupo Escoteiro Maria Areias Vilela (GEMAV), de Maria da Fé – MG.
Máscaras e aventais
A professora Milady explicou que são confeccionados três tipos de máscaras: de TNT, de SMS e de pano 100% algodão. As de TNT e de pano se destinam a trabalhadores essenciais e à população em geral; as de TNT – Tripla são para profissionais da saúde da Santa Casa de Misericórdia e do HCI que não estão na linha de frente da COVID-19, e as de SMS, que são produzidas em material específico, para área da saúde dos hospitais.
A docente disse também que já foram doados mais de 1.000 aventais de TNT para os profissionais da saúde, principalmente do HCI e da Santa Casa de Misericórdia, os quais estão sendo confeccionados com o apoio da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Itajubá (ADUNIFEI).
Milady revelou ainda que há um grupo de professores que sempre a apoia em projetos sociais, denominado Lugar Aonde se Retribui Amor (LARA), contando com a participação de outras pessoas da sociedade itajubense. “Muitos membros desse grupo nos apoiaram na aquisição dos materiais. Além desses, funcionários da ativa, aposentados da UNIFEI e o SINTUNIFEI ajudaram na campanha. Temos ainda alunos divulgando, costurando e tentando desenvolver máquinas para a produção em massa dessas máscaras”, detalhou a professora.
Confecção
A docente explicou que, por motivo de segurança, as máscaras são confeccionadas na casa das costureiras voluntárias. Com a ajuda de todos os participantes e apoiadores do projeto, foram produzidas, até maio de 2020, mais de 10 mil máscaras.
A professora informou que as máscaras foram doadas para praticamente todas as UBSs e USFs de Itajubá, asilos, Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Narcóticos Anônimos (NA) e Viva a Vida e que, em parceria com outras instituições da cidade, também foram entregues máscaras em cestas básicas doadas para a população economicamente vulnerável. Ela disse ainda que já foram atendidas algumas instituições de saúde e o asilo de Piranguinho com o auxílio das costureiras locais, além de pequenas doações feitas em outras cidades da região.
Quanto aos desafios na realização do projeto, a professora disse que o principal tem sido a aquisição de material, já que é necessária grande quantidade de TNT para a confecção de máscaras e aventais.
“Nosso agradecimento vai para todos os envolvidos: aos parceiros, aos financiadores, às grandes confecções de itajubá pelos cortes em grande escala, aos setores de comunicação de Itajubá e, principalmente, aos nossos ‘anjos’ e ‘anjas’ da costura e do corte”, finalizou a professora Milady.