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O Núcleo de Estudos em Formação Docente, Tecnologias e Inclusão (Nefti), grupo de pesquisa da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), foi agraciado com uma menção honrosa pelo trabalho “Práticas inclusivas no ensino de ciências”, durante a 7ª edição do “Prêmio Professor Rubens Murillo Marques – Experiências Docentes em licenciaturas”, promovido pela Fundação Carlos Chagas (FCC).
A professora Paloma Alinne Alves Rodrigues Ruas, coordenadora do Nefti, e as alunas Vanessa de Cássia Corrêa e Andressa Daiany Oliveira da Silva, que fazem parte do grupo, estiveram presentes na cerimônia de premiação, que aconteceu no Auditório Professor Dr. Angelo Barone Netto, da FCC, em São Paulo – SP.
A comissão julgadora do prêmio, composta por especialistas da área de formação docente, avaliou 115 trabalhos, que foram enviados de todas as regiões do país, tendo como critério o caráter inovador no que diz respeito à metodologia de ensino retratada.
Após a avaliação, foram indicados dois trabalhos como premiados: “Leitura e avaliação de textos: etapas para a formação inicial de professores de produção textual”, da professora Cristiane Fuzer, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e “Análise e Produção de Relatos de Experiência de Educação Física Cultural”, do professor Marcos Garcia Nieira, da Universidade de São Paulo (USP).
Foram também recomendadas três menções honrosas para os trabalhos: “Práticas inclusivas no ensino de ciências”, da professora Paloma Alinne, da Unifei; “Tecnodocência: integração entre tecnologias digitais e docência na formação de licenciandos”, da professora Luciana de Lima, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e “Opção metodológica para formação inicial: relato de experiência de uma construção coletiva no curso de Pedagogia”, da professora Sônia Bessa da Costa Nicacio Silva, da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
Na ocasião, a professora Paloma apresentou um resumo do trabalho desenvolvido. Ela agradeceu a Unifei, citando a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e o Instituto de Física e Química (IFQ), bem como o grupo Nefti e todos que contribuíram com materiais para o desenvolvimento das atividades, destacando que foram feitos pedidos para que o projeto continue, devido ao seu impacto positivo nas escolas de Educação Especial de Itajubá.
Como previsto no regulamento do prêmio, os docentes que receberam menção honrosa foram agraciados com diplomas e tiveram a publicação do seu projeto na coleção Textos FCC Volume 53 e no site da FCC: www.fcc.org.br
O trabalho do Nefti
O objetivo principal do projeto “Práticas inclusivas no ensino de ciências” foi potencializar a formação dos licenciandos dos cursos de Ciências Biológicas, Física, Matemática e Química no que tange as práticas de ensino inclusivas.
Com o propósito de promover a alfabetização científica dos alunos da educação especial, cinco licenciandos da Unifei, uma aluna do curso de bacharelado em Matemática e uma aluna de Pedagogia da Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá (Fepi), sob a coordenação da professora Paloma, elaboraram e implementaram atividades de acordo com o perfil de cada um dos alunos que foram atendidos pelo projeto.
No início do trabalho, a professora Paloma enviou uma carta-convite para as escolas de Educação Especial de Itajubá, solicitando que os professores fossem informados sobre o projeto, bem como os pais dos alunos especiais, e convidando-os para participar de uma reunião na Unifei.
Para o desenvolvimento do projeto, foram selecionados 13 alunos com Síndrome de Down, Baixa Visão, Deficiência Intelectual ou Transtorno do Espectro Autista l0e cada um dos licenciandos ficou responsável por trabalhar com, no máximo, três alunos.
Em encontros semanais, sempre nas dependências da Unifei, os licenciandos elaboraram e aplicaram sequências didáticas baseadas no aprendizado significativo. Um dos alunos, por exemplo, tinha bastante afinidade com um personagem de determinado desenho animado, e toda a sequência didática foi montada usando-se este personagem, no caso, para explicar o ciclo da água.
Os licenciandos participaram de diversas reuniões de formação, quando aprenderam o conceito de sequência didática, conheceram os vários tipos de transtornos/deficiências e, principalmente, puderam trocar experiências e desenvolver as sequências didáticas, para as quais todo o material usado foi conseguido por meio de doações.
Ao final, constatou-se que o projeto teve um resultado muito positivo, melhorando o desempenho da aprendizagem dos alunos especiais. As sequências didáticas desenvolvidas durante o projeto estão disponíveis no site do Nefti: www.nefti.com.br
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