UNIFEI

Ex-aluna de graduação da Unifei promove a criação do primeiro parklet no Centro de Itajubá como proposta de seu TFG

O primeiro parklet de Itajubá foi resultado do Trabalho Final de Graduação (TFG) de Thaís Ivo, ex-aluna de Engenharia Civil da Unifei.
O espaço foi desenvolvido para transformar o local em um ambiente mais acolhedor, promovendo a interação entre a comunidade.
Da esquerda para a direita: a representante da empresa L Braga, Leonice Rocha; o vice-prefeito de Itajubá, Christian Gonçalves Tiburzio e Silva; a engenheira Thaís Ivo; a professora Daniele Ornaghi Sant’Anna; o secretário municipal de Defesa Social, Marcos Pereira de Paula, e o diretor do Detranit, Luiz Cláudio Gaudino Braga.
A engenheira Thaís Ivo com a professora Daniele Ornaghi Sant’Anna.

 A ex-aluna Thaís Ivo, do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), realizou seu Trabalho Final de Graduação (TFG) sob a orientação da professora Daniele Ornaghi Sant’Anna, do Instituto de Recursos Naturais (IRN), propondo a criação de um parklet no Centro de Itajubá. O espaço cedido para a construção era uma lacuna urbana, um espaço vazio, de faixa amarela, localizado na rua Dr. Américo de Oliveira, próximo à esquina com a praça Presidente Getúlio Vargas, no Centro da cidade.

 A entrega oficial do parklet ao município aconteceu em novembro de 2018 e, desde então, está aberto ao uso da população. Segundo Thaís, com a ressignificação do local, houve a criação de um ambiente mais acolhedor e, por meio deste, os cidadãos de Itajubá e região têm vivenciado experiências que promovem a sociabilização e humanização do espaço.

 Para que o projeto fosse colocado em prática, a aluna contou com o apoio da Prefeitura de Itajubá, por meio da Secretaria Municipal de Defesa Social (Semds) e do Departamento de Trânsito (Detranit). A estrutura em madeira utilizada para a construção do parklet foi patrocinada pela L Braga Construtora e Incorporadora.

 O parklet é uma intervenção de manifestação do Urbanismo Tático, que promove a reapropriação do espaço urbano pelas pessoas. Considerado uma minipraça, tem a função de criar uma extensão de calçada, habitar e ressignificar um espaço. No Brasil, o conceito surgiu em 2012, na cidade de São Paulo, e em 2014 foi regulamentado por meio de um decreto.

 O Urbanismo Tático consiste em mudanças geradas de curto prazo para adequar a realidade local com interesses da população. São ações em pequena escala para inspirar mudanças de longo prazo, ou seja, em escala mais palpável, prática e realista, servindo de ideia para um desafio urbano.

 Para Thaís, a motivação para a realização do trabalho foi uma forma de retribuição a Itajubá. “Acredito que a contribuição e o compromisso social que temos enquanto cidadãos é essencial para transformar a cidade em que vivemos e o arredor que habitamos. Quis passar pelos três pilares da Universidade: a pesquisa, o ensino e a extensão. Solidifiquei meu projeto com uma extensão do ensino”, comentou a ex-aluna da Unifei.

 Quanto aos contratempos surgidos no desenvolvimento do trabalho, Thaís disse que os considerou mais como desafios do que como dificuldades. Segundo ela, todo o processo trouxe um grande aprendizado: “cada etapa foi uma conquista, […] entre elas: trâmites para a aprovação do projeto, tempo corrido para execução da estrutura, horas na marcenaria para trabalhar a madeira, parceria público-privada e instalação in loco”.

 De acordo com Thaís, a construção do parklet serviu de caminho para uma nova política pública em Itajubá e pode ser modelo para algo regulamentado e estimulado no futuro. “Para a conservação do local, tem sido essencial o comprometimento dos mantenedores, os quais também são responsáveis pelo paisagismo”, comentou a engenheira. Os mantenedores são os estabelecimentos Café Pereira Vilela, Delícia Natural e Villa Restaurante.

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