UNIFEI

PERSONALIDADES DO MURO

Maria Luiza Soares

Nascida em 1924, a carioca Maria Luiza é reconhecida pelos profissionais da área tecnológica devido a sua importância na área de engenharia. A ex-aluna da Unifei – então IEI – foi uma das precursoras do feminismo no Brasil, mesmo sem saber o tamanho das suas atitudes, já que se transformou numa das primeiras mulheres engenheiras do país. Ela foi morar em Itajubá quando o pai, funcionário do Ministério da Guerra, foi transferido para a cidade. Sonhava em fazer medicina e voltar ao Rio de Janeiro, mas diante da negativa do pai, combinou que prestaria vestibular. Estudou muito e acabou passando em 15º lugar. Em 1945, entrou no Instituto de Engenharia de Itajubá e ganhou gratuidade por ser a primeira mulher do IEI.

Em 1950, formou-se e recebeu o diploma das mãos do ex-presidente Juscelino Kubitschek, governador de Minas Gerais à época. Maria Luiza foi, então, morar no Rio. Chegou à cidade em abril de 1951 e empregou-se no setor de padronização do Plano Postal, que pertencia aos Correios e Telégrafos. Fazia especificações para montagem de subestações, de qualidade de fios de cobre com alma de aço para linhas aéreas, de cabos subterrâneos, de qualquer material necessário a ser comprado para uso dos Correios. No início da década de 60, a engenheira ganhou uma bolsa de estudos do governo francês para fazer um curso de mecanização postal com duração de dez meses em Paris. Ela visitou, ainda, diversas outras cidades da França e da Alemanha para conhecer os centros de triagens dos serviços postais dos correios. Nesta época, este era um serviço que estava para ser implantado no Brasil, pois ainda era feito manualmente. Em 23 de junho de 2017, Maria Luiza faleceu aos 92 anos.

Maria Luiza gostava de contar que nas aulas que eram ministradas em campo, ela viajava sempre na caçamba do caminhão. Ela se considerava uma aluna como os outros e seus colegas não a deixavam ir na cabine. Ela concordava por achar que os direitos eram iguais. Nas palavras de Maria Luiza, o importante para o século XXI não é valorizar quem é mais ou menos e sim o que cada um pode dar para uma sociedade mais solidária.

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