UNIFEI

Pesquisadora da Unifei desenvolve estudo de envelhecimento de compósitos com apoio do IPT

Olívia de Andrade Raponi estuda os efeitos do envelhecimento da matéria-prima em compósitos.

 A Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) consolidam parceria em estudo de envelhecimento de compósitos. A aluna Olívia de Andrade Raponi, doutoranda em Materiais para Engenharia, estuda os efeitos do envelhecimento da matéria-prima em compósitos sob a orientação do professor Antonio Carlos Ancelotti Junior do Instituto de Engenharia Mecânica (IEM). O objetivo do trabalho é solucionar problemas na fabricação de estruturas leves.

 O uso de estruturas formadas pela combinação de dois materiais que resulta em um produto superior, os chamados compósitos, é fundamental na fabricação de produtos tão distintos como coletes à prova de balas, varas para provas de salto, pranchas de surf, pás de helicóptero e fuselagens de avião, entre outros. Muitas vezes, o desempenho final dos compósitos pode ser prejudicado por defeitos de fabricação e é devido a esse fator que nasceu a parceria entre a Unifei e o IPT.

 O estudo tem como propósito solucionar problemas de envelhecimento da matéria-prima derivados da exposição à temperatura e à umidade durante o processamento. Olívia avalia os efeitos disso em compósitos para monitoramento do fenômeno e otimização do processo produtivo.

 Dentro do programa Novos Talentos, os estudos são realizados no Núcleo de Estruturas Leves, na cidade de São José dos Campos – SP, com foco na utilização de pré-impregnados como matéria-prima para a fabricação de compósitos. Tais materiais são compostos por fibras de reforço de polímero, produtos intermediários prontos para moldagem.

 A formação de porosidade é um dos defeitos mais comuns associados ao processamento de pré-impregnados. Por isso, os estudos buscam chegar a um conjunto de dados que permita compreender melhor a influência do envelhecimento da matéria-prima na formação deste tipo de defeito em materiais compósitos.

 O trabalho da doutoranda tem duração prevista de quatro anos.  Segundo ela, envelhecimento é um fenômeno intrínseco ao processo produtivo do material, que não tem como ser evitado, e com a realização do estudo a ideia é controlar as propriedades e garantir que não haja desperdício de matéria-prima por meio de ajustes de parâmetros de processamento em função das propriedades do material envelhecido.

 Para a pesquisadora é importante a parceria entre o Instituto e a Universidade para o sucesso do projeto, pois existem equipamentos no laboratório do Instituto que não estão disponíveis na Universidade. Além disso, a coorientação é importante e o contato com outros pesquisadores permite a troca de conhecimentos que acrescenta muito ao trabalho, em especial se for considerado que, em relação à Universidade e ao mundo acadêmico, o IPT apresenta, na área em que o trabalho está sendo realizado, uma visão muito próxima das necessidades da indústria.

* Texto produzido com informações do site: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/pesquisa-apoiada-pelo-ipt-estuda-envelhecimento-de-compositos/

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