UNIFEI

Professores apresentam resultados de estudo sobre Impacto Econômico da Unifei em Itajubá, Minas Gerais e Brasil

O professor Moisés também apresentou o estudo realizado no dia 19 de dezembro, durante a 174ª Reunião do Conselho Pleno da Andifes, em Brasília – DF.

 No dia 14 de novembro, durante a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração (Cepead), realizada no campus sede da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), foram apresentados os resultados dos estudos sobre Impacto Econômico da Unifei em Itajubá, Minas Gerais e Brasil, desenvolvidos sob a responsabilidade dos professores Moisés Diniz Vassalo e Rafael de Carvalho Miranda, do Instituto de Engenharia de Produção e Gestão (IEPG). Outras apresentações mais resumidas também foram feitas no dia 23 do mesmo mês, no Complexo Histórico e Cultural da Unifei, durante a cerimônia comemorativa dos 105 anos da Instituição, e no dia 19 de dezembro, na 174ª Reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília – DF.

 A Unifei exerce papel importante no desenvolvimento da cidade onde está sediada, do estado e do país, e para mensurar com precisão os efeitos que a Universidade exerce na economia dessas regiões, os professores do IEPG desenvolveram, com o apoio da Reitoria, um estudo de avaliação de impacto econômico, por meio do qual foi possível quantificar os empregos gerados e a valor adicionado na economia destas regiões, considerando os efeitos diretos, indiretos e induzidos dos gastos da Universidade, dos seus servidores e dos seus alunos.

 Com base em informações administrativas das atividades da Unifei somadas a pesquisas diretas realizadas com servidores e alunos, foi possível estimar os impactos econômicos da atividade sobre as seguintes variáveis: geração de valor adicionado (PIB) setorial e regional, geração de empregos formais e informais e aumento da arrecadação de impostos indiretos líquidos.

 Segundo o estudo realizado, além da importância social como formadora de cidadãos altamente capacitados, a Unifei é responsável por 4.759 empregos em Itajubá, o que equivale a 16,9% das pessoas ocupadas no município. O valor movimentado em todos os setores da cidade soma mais de R$ 186 milhões. De toda a renda gerada na cidade, mais de R$ 122 milhões estão associados à Universidade, ou seja, 4,5% do PIB de Itajubá.

 O estudo também revela que os alunos da Unifei promovem gastos da ordem de R$ 12 milhões nos supermercados da cidade e servidores, R$ 15 milhões. O setor de saúde privada em Itajubá recebe R$ 11,1 milhões devido a gastos de alunos e servidores.

 Outros dados levantados pela pesquisa realizada são: empresas do ramo de alimentação fora do domicílio faturam R$ 17 milhões graças à Unifei; o setor imobiliário recebe R$ 25 milhões de renda dos alunos e R$ 12 milhões de servidores; o setor de educação privada movimenta R$ 9,6 milhões, considerando os gastos de alunos e servidores, e o setor de varejo recebe R$ 18,4 milhões.

 No Brasil como um todo, a Unifei gera mais de 5.000 empregos e há um acréscimo de mais de R$ 163 milhões no PIB do país. Deste total de recursos movimentados, R$ 122 milhões são renda para os itajubenses, e demais cidades de Minas Gerais têm um acréscimo de R$ 28 milhões no PIB.

 Em termos de renda, os setores mais beneficiados são os de imóveis, serviços, supermercados e outros comércios varejistas. E em termos de empregos, os que mais se beneficiam são os serviços domésticos, outros comércios varejistas e supermercados.

 Segundo os responsáveis pelo estudo, os dados de impacto econômico podem ser desagregados em até 149 setores da economia e em termos de impactos em Itajubá, Minas Gerais e Brasil. Os efeitos foram calculados de forma desagregada para alunos, servidores e investimento/custeio.

 

A realização da pesquisa

 

 Em abril deste ano, os professores haviam lançado uma pesquisa sobre o assunto por meio de link que continha um questionário a ser respondido, motivando os alunos a participarem para que o trabalho trouxesse resultados precisos e confiáveis. Segundo os responsáveis, as respostas foram tratadas de forma sigilosa e não divulgadas, de forma desagregada ou com dados pessoais associados.

 Com base em informações das atividades da Universidade, obtidas do portal de Transparência do Governo Federal e fornecidas pela Pró-Reitoria de Administração, somadas a pesquisas diretas realizadas com servidores e alunos, foi possível estimar os impactos diretos. Aplicando a técnica quantitativa de análise de insumo-produto, foi possível estimar os impactos indiretos e induzidos da atividade sobre as seguintes variáveis: geração de valor adicionado (PIB) setorial e regional; geração de empregos formais e informais e aumento da arrecadação de impostos indiretos líquidos.

 Com relação à elaboração da matriz inter-regional de insumo-produto, os responsáveis pela pesquisa informaram que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza uma matriz nacional com apenas 67 setores e não regionalizada. No estudo utilizou-se uma matriz com 149 setores e três regiões, incluindo Itajubá, outros municípios de Minas Gerais e outros estados do Brasil.

 Para obter esta matriz, os professores da Unifei contaram com o apoio do Núcleo de Economia Regional e Urbana da USP (http://www.usp.br/nereus/), por meio dos pesquisadores doutores Denise Imori, Silvio Massaru Ichihara e Joaquim José Martins Guilhoto, aos quais agradeceram.

 E para mapear todas as relações setoriais e regionais da economia Itajubense com o restante do estado e do país, os pesquisadores utilizaram diversas fontes de informações, como Censo-IBGE, PAM-IBGE, PAS-IBGE, PIA-IBGE, PNAD-IBGE, dados do ICMS, ISS e RAIS-MTE, entre outros, e um complexo sistema computacional para elaboração da matriz regionalizada.

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