O Ex Machina, projeto de extensão da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) que está sob a coordenação do professor José Alberto Ferreira Filho, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Tecnologias da Informação (IESTI), desenvolve dispositivos, técnicas e processos para o aumento da performance humana.
O objetivo principal é a melhoria da qualidade de vida de pessoas com algum tipo de deficiência física, tentando devolver a elas algumas das funções básicas do corpo humano com a elaboração de dispositivos, técnicas e processos para reinserção na sociedade; buscando sempre inovar; trazendo tecnologias que melhor se adaptam às pessoas e especializando-se na confecção de próteses de membros superiores a partir de impressão em modelo 3D.
Confira, a seguir, as atividades realizadas pela equipe Ex Machina no primeiro semestre de 2024.
Subequipe de Mecânica
A subequipe criou nova prótese de mão biônica, agora em um modelo mais anatômico. Foram utilizados filamentos flexíveis, o que tornou o movimento mais amplo. Outra mudança é em relação aos motores que agora são mais fortes e compactos e localizam-se na palma da mão. Para conferir, acesse o Link da modelagem da prótese.
Também foi desenvolvido pela subequipe de Mecânica uma prótese para membro inferior totalmente impressa em 3D e contando com a presença de um sistema de suspensão e de molas para evitar o impacto nas articulações. Cada prótese será feita sob medida, pois a rotina de cada pessoa cria necessidades específicas na prótese.
Foi desenvolvida ainda e impressa pela subequipe uma prótese específica, para canoagem. Ela é colocada no braço e, na parte que substitui a mão, é preso o remo.
Subequipe de Eletrônica
Toda a parte elétrica da prótese da mão biônica está sendo trabalhada, pela subequipe de Eletrônica, com novos motores DC, filtros, fontes, amplificadores operacionais e softwares de design de circuitos impressos, a fim de obter uma prótese biônica de baixo custo. Além disso, a subequipe está trabalhando em melhorias por toda parte de captação de sinais corporais.
Na antiga prótese, eram usados servomotores, que se estragavam com muita facilidade e não eram tão eficientes. Optou-se, então, por usar na nova prótese motores DC, que, além de melhores, tem um ótimo custo benefício.
Os servomotores são complexos e caros, mas oferecem controle preciso de posição, velocidade e aceleração, sendo ideais para aplicações de alta precisão. Já os motores DC são simples, econômicos e podem ser usados onde o controle preciso de posição não é necessário.
A mudança da placa de controle foi necessária para garantir compatibilidade, fornecer mais funcionalidades, controlar o consumo de energia, permitir uma programação personalizada e se integrar melhor com outros componentes do sistema, garantindo que o novo motor funcione de forma eficiente e eficaz.
Subequipe de Programação
A subequipe de programação desenvolveu um site, chamado LIBREX, que tem como foco a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e, ao mesmo tempo, atua como um banco de dados em formato de dicionário de algumas palavras não muito comuns no vocabulário de LIBRAS, como sinais específicos de nomes de cidades e municípios.
Esse trabalho foi realizado juntamente com a professora Ana Carolina Sales Oliveira, do Instituto de Física e Química (IFQ), e o site já está disponível, podendo ser acessado por qualquer usuário pelo link: https://librex-lemon.vercel.app/home
Além do site, a subequipe de Programação esteve trabalhando na construção de um aplicativo para controle da prótese biônica, chamado APPEX. Seu funcionamento vai ser desenvolvido para funcionar por meio de comunicação BLE e comunicação WIFI.
O vídeo do APPEX em funcionamento pode ser acompanhado em: ble_funcionamento
Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento
O grupo realizou pesquisas para melhorar o conforto do usuário do bracelete da prótese de mão biônica, com melhorias na estética, leveza e qualidade, permitindo desenvolver um modelo mais compacto. Também houve a troca do modelo ESP32 por uma placa Seeed e também de pilhas por uma bateria, escondida na caixa preta feita por impressão 3D.
O bracelete, que era feito com filamento TPU, agora é produzido com o filamento PLA. Também foi adicionado um REVOFIT para melhorar o encaixe do bracelete nos diferentes volumes de amputação.
Outros eventos
Além desses aparelhos desenvolvidos, no primeiro semestre deste ano os membros da equipe Ex Machina participaram do Projeto DAMAS, em conjunto com o Centro de Apoio e Integração do Deficiente de Itajubá (CAIDI) e o SENAC, e também do evento HardTech Innovation, que aconteceu no Parque Municipal de Itajubá, no período de 17 a 20 de junho.
Mais informações
Para saber mais sobre a Ex Machina, confira matéria já veiculada no site da UNIFEI: https://unifei.edu.br/alunos-da-unifei-desenvolvem-projetos-de-proteses-bionicas/
Outras informações sobre a equipe podem ser obtidas também pelo e-mail exmachina@unifei.edu.br ou através dos seguintes links:
https://proex.unifei.edu.br/extensao-tecnologica-e-empresarial/competicao-tecnologica/ex-machina
https://www.facebook.com/ExMachina.UNIFEI/https://www.instagram.com/exmachina.unifei





