UNIFEI

Estudantes, servidores e professores da UNIFEI realizam a Jornada Travessias Queer: Entre a Identidade e o Orgulho

O coletivo Amantiqueer realizou no campus sede da UNIFEI a “Jornada Travessias Queer: Entre a Identidade e o Orgulho”.
A ação foi realizada no Salão de Apoio do prédio da Administração Central, com início às 13 horas e encerramento às 21h30.
Na abertura do evento, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a proposta da Jornada e se conectarem uns com os outros.
O chefe de Gabinete da Reitoria, professor Paulo Waki, representou a Administração da UNIFEI na abertura do evento.
A organização do evento contou com a coordenação do professor Paulo Nunes, do IFQ da UNIFEI.
Convidados e integrantes da equipe de organização da Jornada realizada na UNIFEI.
A Jornada contou com diversas oficinas que abordaram temas relevantes da comunidade LGBTQIAP+.
Na oficina “Maquiagem: Colorindo a Si Mesme / Sua Arte, Seu Rosto” foi oferecido um espaço seguro e inclusivo para a comunidade LGBTQIAP+ aprender e executar técnicas de maquiagem.
A mesa redonda “Travessias de SobreVivência”, um dos pontos altos do evento, reuniu representantes de diversas identidades LGBTQIAP+ para compartilhar suas experiências pessoais.
A Jornada contou com performances e intervenções artísticas de representantes da comunidade, como a leitura de poema pelo servidor técnico-administrativo e escritor Guilherme Aniceto.

 

 Na quinta-feira, dia 29 de junho, a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), sediou o evento “Jornada Travessias Queer: Entre a Identidade e o Orgulho”, promovido pelo coletivo Amantiqueer e organizado por estudantes de diferentes cursos, entre eles Gabriel Henrique dos Santos, Thaynara Aparecida Silva Marinho e Ingrid Leite Andrade. A atividade contou com a coordenação do professor Paulo Cézar Nunes Junior, do Instituto de Física e Química (IFQ), e do servidor técnico-administrativo Guilherme Ferreira Aniceto.

 A ação realizada no Salão de Apoio do prédio da Administração Central, com início às 13 horas e encerramento às 21h30, foi gratuita e aberta ao público, sob a condição de inscrição prévia para credenciamento em cada uma das atividades previstas. A Jornada contou com diversas oficinas que abordaram temas relevantes dentro da comunidade LGBTQIAP+, sigla que contempla as iniciais das palavras referentes às diferentes identidades de gênero e orientações sexuais: lésbica, gay, bissexual, transexual, queer, intersexo, assexual e pansexual, além do símbolo +, que representa outras representações dessa comunidade.

 Para o professor Paulo Nunes, “além de acolher e gerar a sensação de pertencimento para toda a comunidade de estudantes, docentes e STAEs LGBTQIAP+, um evento como esse nos lembra da necessidade de discutirmos assuntos como gênero e sexualidade na universidade; pilar de garantia do respeito às diferenças, a temática é emergente e cada vez mais necessária no campo da educação e dos direitos humanos”.

Programação

 A abertura do evento “estabeleceu uma atmosfera de acolhimento, união e celebração da diversidade”, conforme relatado pela organização da Jornada. “O público foi recebido calorosamente e os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a proposta da Jornada e de se conectarem uns com os outros”, disseram os organizadores.

 Entre as 14h e as 15h40, houve duas oficinas simultâneas. A primeira palestra, intitulada “Aconselhamento Jurídico – Leis para Todes, Direitos Iguais, Justiça Plena”, teve como convidados membros da comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da 23ª subseção da OAB/MG. Os convidados dialogaram com os participantes acerca da legislação aplicável a casos de LGBTfobia e a direitos e conquistas, no âmbito jurídico, da comunidade LGBTQIAP+.

 Com o objetivo de capacitar a comunidade com conhecimento jurídico e incentivar o empoderamento e a defesa de direitos, essa oficina foi um espaço dedicado para o público receber orientações legais e esclarecer dúvidas relacionadas a direitos civis, igualdade e proteção jurídica, políticas de inclusão, discriminação e outras questões relevantes.

 A oficina “Revolucionando a Igualdade: Oficina de Feminismo”, conduzida pelo Coletivo das Minas, teve como objetivo explorar princípios e conceitos feministas, promovendo uma reflexão crítica sobre as questões de gênero e sexualidade, empoderamento feminino e igualdade. Os participantes tiveram a oportunidade de discutir os desafios enfrentados por mulheres de diferentes sexualidades e as lutas históricas do movimento feminista. Foram abordadas estratégias de combate à discriminação de gênero e de promoção do diálogo interseccional, considerando as diversas experiências vividas pelas mulheres.

 Às 15h40, foi realizada a oficina “Maquiagem – Colorindo a Si Mesme / Sua Arte, Seu Rosto”, ministrada por Jaqueline Paiva e Letícia Soares, que ofereceu um espaço seguro e inclusivo para a comunidade LGBTQIAP+ aprender técnicas de maquiagem para ressaltar sua beleza única e promover a autoexpressão. Com foco na diversidade de identidades e estilos, a oficina se destinou a pessoas que desejam explorar o poder da maquiagem como uma forma de celebração pessoal.

 Simultaneamente, aconteceu a oficina “Psicologia e Terapia – Explorando Identidades, Autocuidado e Autoamor”, ministrada por Thamires Daniel, que buscou a discussão e a exploração de temas relacionados a saúde mental, bem-estar emocional e identidade. Os participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre estratégias de autocuidado, técnicas de manejo do estresse, fortalecimento da autoestima e desenvolvimento de resiliência. Além disso, foram abordados tópicos como aceitação, relacionamentos saudáveis e enfrentamento de desafios específicos da comunidade LGBTQIAP+.

 Às 17 horas, foi realizado um coffee break colaborativo, em que cada participante pôde compartilhar o alimento que tinha levado para o evento.

Outras atrações

 Às 17h30, foi realizada a mesa redonda “Travessias de SobreVivência”, que reuniu representantes de diversas identidades LGBTQIAP+ para compartilhar suas experiências pessoais, discutir questões relevantes e promover o acolhimento dentro da comunidade.

 O objetivo foi criar um espaço inclusivo em que as pessoas pudessem identificar-se, sentir-se representadas e encontrar apoio. Cada participante pôde apresentar sua perspectiva única, abordando temas como identidade de gênero, orientação sexual, vivências e desafios específicos, e buscando promover diálogos significativos e aumentar a conscientização e fortalecimento da comunidade LGBTQIAP+.

 Também foi realizada a mesa “Travessias de Emancipação”, orientada por Yalin Brizola Yared, professora do curso de Ciências Biológicas da UNIFEI, que tratou da sexualidade como dimensão inseparável da vida, visando ao estímulo de reflexões críticas sobre processos de educação sexual vivenciados na atualidade.

 Segundo os organizadores do evento, a partir da declaração dos direitos sexuais, entendidos como direitos humanos universais e fundamentais, buscou-se conscientizar sobre o acesso ao conhecimento científico em educação sexual, sexualidade, saúde sexual e gênero como um direito de todas as pessoas.

 A Jornada foi finalizada com o show de performance “A Marcha das Cores – Expressão LGBTQIAP+”, organizado por Luís Eduardo Damasceno, estudante de Sistemas de Informação. O evento contou com exibições artísticas de representantes da comunidade, que tiveram a chance de mostrar sua autenticidade e contribuir para um ambiente de celebração e aceitação, além do objetivo de transmitir uma mensagem de desabafo, amor, orgulho e respeito à diversidade.

Avaliação

 É a primeira vez que um evento deste porte sobre a temática acontece na UNIFEI, mas outras ações do tipo já haviam sido realizadas anteriormente: em 27 de maio de 2013, foi organizada uma oficina de gênero e diversidade sexual intitulada “Um estranho no ninho”, facilitada por membros do coletivo Grupo Identidade, da cidade de Campinas – SP, e no mesmo ano, foi realizado o “Cabaré da Diversidade”, marcando a terceira edição do Festival Itajubense de Cultura e Arte (FICA), com a apresentação de drag queens e artistas de diferentes locais na sede Social do Clube Itajubense. “Para lá dessas ações, a programação do extinto ‘Seminário de Inclusão da UNIFEI’ contou, posteriormente, com palestras sobre sexualidade e outros temas afins”, lembrou o professor Paulo Nunes.

 Segundo o docente, a realização da Jornada foi bastante exitosa, e superou todos os objetivos previstos inicialmente. “Tivemos cerca de 200 inscritos formalmente, para lá das pessoas que estiveram presentes de maneira espontânea. Esperamos que esta seja a primeira ação de muitas outras que o Coletivo Amantiqueer, criado recentemente, ainda fará! Para isso, contamos com o apoio financeiro e institucional da UNIFEI, uma vez que o desenvolvimento da temática é central para o ensino superior e está presente no PDI da Universidade”, disse Paulo Nunes.

 Além do professor, outros membros do Coletivo Amantiqueer manifestaram no Instagram seu agradecimento: “Expressamos nossa gratidão a cada participante, por contribuir para o sucesso do nosso evento. Sua presença e entusiasmo foram fundamentais para a nossa primeira Jornada Travessias Queer: Entre a Identidade e o Orgulho”.

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