UNIFEI

Pesquisa testa uso de microalgas para tratar água contaminada por antibióticos

Um estudo realizado em parceria entre a Universidade Federal do ABC (UFABC), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), avaliou o uso de microalgas como alternativa sustentável para o tratamento terciário de esgoto, com foco na remoção de antibióticos presentes na água.

Esses medicamentos, quando descartados de forma inadequada, podem atingir rios e lagos, contribuindo para o aumento da resistência bacteriana e dificultando o tratamento de infecções. Atualmente, as estações de tratamento de esgoto não são projetadas para a remoção dessas substâncias.

Diante desse desafio, a aluna Larissa de Abreu Costa Ramos, do Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Recursos Hídricos (POSMARH/UNIFEI), desenvolveu experimentos em laboratório com a microalga Monoraphidium contortum, sob orientação do professor Marcelo Chuei Matsudo, do Instituto de Recursos Naturais da UNIFEI. O objetivo foi verificar a capacidade da microalga em tratar água contaminada por antibióticos.

Os resultados foram promissores: além de reduzir significativamente a concentração dos antibióticos, a microalga também foi capaz de remover mais de 90% do nitrogênio presente na água, uma substância que, em excesso, pode prejudicar o meio ambiente. Outro ponto positivo é que a biomassa gerada pelas microalgas pode ser utilizada para a produção de biodiesel, agregando valor ao processo e contribuindo para a economia circular.

A pesquisa destaca o potencial do uso de microalgas como solução inovadora e sustentável para o tratamento de águas residuais, conciliando proteção ambiental e aproveitamento de resíduos.

Graças à participação nesse projeto e ao apoio do Programa de Estágios de Curta Duração da UNIFEI, Larissa também teve a oportunidade de realizar uma mobilidade acadêmica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), em Portugal, onde pôde conhecer outras iniciativas semelhantes na área.

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