Colóquios Interdisciplinares – “Asteroides – A importância destes pequenos corpos”

Resumo: Asteroides são pequenos corpos que permeiam o Sistema Solar. Eles são tidos como corpos remanescentes do período de formação do sistema solar, preservando informações importantes para a compreensão de como os planetas do nosso sistema se formaram. No caso de um asteroide estar, eventualmente, em rota de colisão com a Terrase faz necessário conhecer a composição e entender a sua estrutura interna para adequadamente se definir estratégias de desvio ou destruição do asteroide. Além disto, asteroides são uma fonte importante de recursos minerais. Já existem empresas voltadas para a mineração de asteroides. A grande maioria dos asteroides se localiza na região entre Marte e Júpiter, conhecido como cinturão principal de asteroides (1 a 2 milhões de corpos maiores que 1 km). Uma pequena parcela deles migra para a região dos planetas terrestres. Este grupo é denominado NEAs – Near Earth Asteroids. Atualmente são conhecidos cerca de 19 mil corpos nesta região. Cerca de 10% dos NEAs são classificados como potencialmente perigosos para a Terra (PHAs – Potentially Hazardous Asteroids). Em geral, os asteroides tem um formato bastante irregular, devido ao pequeno tamanho. Isso faz com que os campos gravitacionais por eles gerados sejam bem mais complexos do que o usualmente adotado ao redor dos grandes corpo (planetas, satélites, etc). Na sua grande maioria, os asteroides são corpos individuais, porém não são poucos os casos de sistemas binários e até mesmo triplos. Dentre os NEAs são conhecidos 72 sistemas múltiplos, sendo que 3 destes são triplos. Neste exato momento existem duas missões espaciais explorando asteroides. A sonda Hayabusa 2, da agência japonesa JAXA, está explorando o asteroide Ryugu, enquanto que a sonda OSIRIS-REX, da NASA, está explorando o asteroide Bennu. Portanto, estudar e entender asteroides é relevante e complexo, o que torna este tema interessante e motivador para se fazer pesquisa. Nesta linha, serão apresentados resultados de pesquisas desenvolvidos pelo Grupo de Dinâmica Orbital & Planetologia da UNESP de Guaratinguetá.