
No sábado, 29 de novembro, o Campus Itabira da Universidade Federal de Itajubá viveu uma manhã marcada por trocas e muito aprendizado. Vinte e cinco pessoas de Itabira e região participaram de oficina de primeiros socorros conduzida integralmente na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A oficina teve apoio da Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Itabira (APASITA), dentro do projeto de extensão LaSCID: Educação Inclusiva e Transferência de Conhecimento em Saúde e Segurança para Pessoas Surdas e com Deficiência Auditiva.

Importante ressaltar o protagonismo das estudantes dos cursos de Engenharia de Saúde e Segurança — Lethícia Carneiro de Jesus e Mariana Meireles — e de Engenharia de Produção, Thais Ribeiro e Ana Lívia Gregório. As quatro alunas passaram meses de preparação: cursaram Libras, produziram vídeos inclusivos sobre atendimento emergencial e realizaram treinamento de capacitação em Atendimento Pré-Hospitalar (APH) na Academia do Corpo de Bombeiros, que também marcou presença, reforçando a relevância social da iniciativa. O CB contribuiu inclusive com práticas de desobstrução de vias aéreas em casos de parada cardiorrespiratória.
Para a professora Luciana Gomides “Não se trata apenas de ensinar uma técnica. Trata-se de garantir que vidas possam ser salvas por quem historicamente teve seu acesso ao conhecimento limitado pela falta de acessibilidade”. A professora é quem comanda o Laboratório de Segurança Contra Incêndios e Desastres (LaSCID). Cabe aqui destacar que a oficina teve a parceria do Núcleo de Educação Inclusiva da UNIFEI (NEI) e da Diretoria de Cultura e Extensão Social (DCS) da universidade.

Participantes relataram entusiasmo, engajamento e um sentimento coletivo de pertencimento — algo ainda raro em capacitações da área.
E se depender dos organizadores, a ação não será um ponto isolado, mas o início de um ciclo permanente de formação e cidadania. Porque inclusão não é evento — é política pública, escolha institucional e compromisso. E como mostrou a UNIFEI é também um caminho possível.