PERSONALIDADES DO MURO
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Mário Schenberg
Mário Schenberg nasceu no Recife-PE, em 1914, numa família de origem judaica. Foi um físico, político e crítico de arte brasileiro, destacando-se principalmente pelo pioneirismo na Física Teórica e Matemática. Em 1935, formou-se Engenheiro Eletricista na Escola Politécnica de São Paulo e, em 1936, formou-se Bacharel em Matemática, na primeira turma da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da então recém-inaugurada Universidade de São Paulo (USP).
Em 1940, foi bolsista da Fundação Guggenheim, nos Estados Unidos. Trabalhou também na Universidade de Chicago, onde desenvolveu trabalhos sobre a origem e a evolução das estrelas com o astrofísico Subrahmanyan Chandrasekhar, futuro ganhador do Prêmio Nobel. Junto ao pesquisador indiano, Schenberg calculou o que hoje é conhecido como limite de Schenberg–Chandrasekhar, que determina a massa máxima com a qual um núcleo estelar isotérmico pode suportar o colapso gravitacional de seu envoltório.
Em sua volta ao Brasil, em 1942, ele começou também a atuar na política. Foi deputado estadual duas vezes, contribuindo para a aprovação do artigo que levaria à criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ainda na década de 40, tornou-se professor catedrático de Mecânica Racional e Celeste na USP, defendendo em concurso público a tese nomeada “Princípios da Mecânica”. Em 1948, foi convidado a trabalhar no grupo de raios cósmicos da Universidade de Bruxelas, na Bélgica, onde permaneceu por cinco anos.
Novamente no Brasil, Schenberg ocupou, entre os anos de 1953 e 1961, o cargo de diretor do Departamento de Física da USP. Ainda nas décadas de 50 e 60, foi membro do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro, e ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de Física, em 1966. Atuou também como crítico de arte, com especial interesse pelas artes plásticas.
A partir de 1964, devido às mudanças políticas que estavam ocorrendo no Brasil, a vida acadêmica de Mário Schenberg sofreu grandes reviravoltas. Seus direitos políticos foram cassados e, em 1969, ele perdeu seu cargo de professor na USP. Somente em 1979, ele pôde voltar à instituição.
Mário faleceu no dia 10 de novembro de 1990. Seus trabalhos científicos produzidos entre 1936 e 1946 foram reunidos no primeiro volume do livro Obra científica de Mário Schönberg, livro agraciado com o Prêmio Jabuti, em 2010, na categoria de Ciências Exatas, Tecnologia e Informática.